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Perdoem-me pelo incômodo, sairei dançando a música que os senhores não são capazes de ouvir

Outra coisa que sempre penso relacionada à postagem anterior, é sobre a sanidade e a loucura. Pensando sobre esses termos, o que é a real sanidade? O que uma pessoa precisa ter ou ser para ser considerada "sã"? Baseada em algumas experiências que eu tive, observando pessoas que convivi desde criança, suas atitudes e reações aos fatos vivenciados por elas, percebi o quanto é tênue a linha entre a sanidade e a loucura humana. E quanto mais eu penso sobre isso, mais acredito que ninguém é realmente são, todos tem a loucura dentro de si, alguns só expressam e transparecem mais do que outros, seja por vontade própria ou por descontrole.
Insanidade, delírios, loucuras... A mente humana é algo tão vasto, incrível e abstrato, que esses termos soam melhor como o real estado permanente das nossas mentes do que como lapsos fora da normalidade. Acredito que cada pessoa lida de uma forma diferente com a sua loucura, mas ninguém é desprovido dela.
O que me resta é pensar até onde as pessoas são capazes de caminhar de mãos dadas com a sua insanidade, sem permitir que ela cresça ou se mostre o suficiente para te dominar e te fazer se perder em seu próprio mundo.
Inclusive um dos meus temores é me perder em meu mundo de tal forma, que voltar seja somente uma utopia, e que minha loucura se infiltre em minha mente a níveis irreversíveis, onde minha única opção seja me render a ela. Se é que já não me rendi sem me dar conta.
 

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